domingo, 24 de novembro de 2013

A menina encantada


A MENINA ENCANTADA                                   Autora Profª Gina

1º ATO

( O Narrador entra. )

NARRADOR   Era uma vez uma menina que não gostava de ler, ela só queria ouvir música e conversar no face, sua mãe lhe comprava muitos livros, mas ela nem olhava para eles, nunca se interessou por nenhum.

( O narrador sai e a mãe entra na sala brava. A menina esta sentada, ouvindo música e mexendo no celular.)

MÃE Desliga esse celular! 

- Alice minha filha, eu comprei todos esses livros e você nunca leu nenhum!

- Como pode ser isso?

- Eu gastei tanto dinheiro e você não quer aprender nada com nada!

ALICE  (Menina) A Senhora sabe que eu não gosto de ler.

  Não sei, porque comprou esses livros.

  Eu não pedi!

MÃE Alice, quando é que você vai aprender que os livros têm muito a ensinar.

  Eu queria tanto que você gostasse de ler minha filha.

ALICE  (Menina)  Na escola eu não posso mexer no meu celular, que logo a professora diz que vai pegar.

  Agora, aqui também!

  Mãe me deixa fazer o que eu gosto, me deixa com meu celular.

MÃE Um dia você vai precisar do que os livros têm para ensinar, menina.

 Mas hoje eu desisto, vou sair!

  Tenho muito o que fazer!

 ( A mãe sai da sala e deixa a menina ouvindo música. Mas de repente ela começa a ouvir vozes, então começa a procurar de onde vem as vozes.)

 

2º ATO

( A Menina levanta do chão, deixa o celular de lado e começa a procurar de onde vem as vozes. O Narrador entra e diz: )

NARRADOR – Nesse momento Alice ouviu várias vozes, até mesmo gritos, eram  pessoas falando, discutido.  As vozes aumentavam, mas ninguém respondia a menina.

ALICE  (Menina)  Quem tá ai?

   Quem tá ai?

  Tem alguém ai?

NARRADOR  Nesse momento Alice percebeu que o barulho vinha de um livro e ela foi até o livro e o pegou.  Do livro saiu uma maçã e a menina assustada jogou o livro bem longe.

( Alice fala para si mesmo que está ficando louca, segura a cabeça.)

ALICE  (Menina)  Isso não existe, tô ficando louca, uma maçã saiu de um livro.

  Tô louca, tô louca.

(Alice senta novamente no chão, encolhida com a mão na cabeça)

NARRADOR  Do livro saiu uma menina assustada, que procurava o irmão, seu nome era Maria e o nome do seu irmão João.

( A personagem Maria vai até Alice e toca no ombro dela)

MARIA    Olá, você viu o meu irmão João?

(Alice dá um pulo assustada)

ALICE  (Menina)  Quem é você? !

  De onde você veio?

MARIA  – Eu sou Maria!

– Você viu o meu irmão João?

  João!!!

(Alguém do palco responde: - Maria!)

MARIA    João!!!

(Alguém do palco responde novamente: - Maria!  Então a personagem sai de cena para procurar o irmão. )

ALICE  (Menina)  Virei a Shakira!  Tô louca, louca, loca!

NARRADOR   Do livro saem lindas moças que parecem princesas.

ALICE  (Menina)  Quem são vocês? O que estão querendo?

( As princesas se apresentam uma, a uma e dizem o que vieram fazer e ficam de lado olhando para o público. )

CINDERELA  Meu nome é Cinderela, quero achar meu sapatinho.

BELA ADORMECIDA – Meu nome é Aurora, mas todos me chamam de Bela Adormecida.

( Nesse momento a Bela adormecida desmaia e todos a seguram, ela acorda rapidamente e pede desculpas.  Alice fala com as outras princesas.)

ALICE  (Menina) – Agora eu entendi, o porque do apelido.

– Isso sempre acontece?

CINDERELA    Só de vez em quando.

BRANCA DE  NEVE – Sou Branca de Neve, estou procurando meu anãozinho.

– Você me conhece?  Todos conhecem a minha história?

ALICE  (Menina)  Você parece a Docinho, das Meninas Super- Poderosas.

(Branca de Neve fica Brava e grita:)

BRANCA DE  NEVE – Eu sou Branca de Neve!.

– Não Sou Docinho, das meninas Super – Poderosas!

– Menina boba! Todos conhecem a minha história?

ALICE  (Menina) – Eu não,  de lacinho assim na cabeça, eu só conheço a Anita.

( Alice e as princesas começam a cantar e dança um trecho da música: As  poderosas de Anita.)

ALICE  (Menina)  e AS PRINCESAS  -  (Trecho da música de Anita)

Prepara que agora é hora

Do show das poderosas

Que descem e rebolam

Afrontam as fogosas, só as que incomodam

Expulsam as invejosas

Que ficam de cara quando toca

Prepara

ALICE  (Menina)  Você conhece?

BRANCA DE  NEVE  Nunca ouvi falar!

(Branca de Neve fala e cruz os braços, fazendo bico.)

(Rapunzel aparece correndo).

RAPUNZEL – Eu não acredito no que eu fiz!   – Eu não acredito no que eu fiz!   – Eu não acredito no que eu fiz!  (Alegre)

  A mamãe vai ficar furiosa. (Chorando)

– Mas o que os olhos não veem o coração não sente!  (Alegre)

– É...

– Ah! Ela vai sentir sim!  (Chorando)

– Eu sou uma péssima menina, ou vou volta.  (Chorando)

(Rapunzel desesperada  vira para Alice e fala que quer ir embora.)

 Eu quero voltar pra casa, minha mãe vai me matar.  

– E olha meu cabelo, ela vai me matar quando descobrir que eu cortei.

RAPUNZEL – Você tem que me mandar pra casa!

– Você tem que me mandar pra casa!                                            

(Rapunzel chacoalha  Alice e diz novamente:)

 – Você tem que me mandar pra casa!

(Alice começa a cantar a música piradinha para Rapunzel, ela canta e gesticula)

ALICE  (Menina) 

Piri, pipiri, pipiri, piri piradinha,

Ela tá maluca, ela doidinha

Piri, pipiri, pipiri, piri piradinha,

Ela tá doidona, fora casinha.

(Aparece um menino  e uma menina de capuz vermelho correndo e gritam: )

JOÃO    Se escondam princesas, eles estão vindo!

( As princesas saem para se esconder.)

NARRADOR    De repente do livro sai uma horrível bruxa.

BRUXA     Alguém viu minha maçã?

_ Eu preciso envenenar uma menina muito teimosa, ela insiste em não morrer.

- Vou procura-la.

- Branca eu tenho um presentinho pra você.

ALICE  (Menina) – Quem são vocês? E quem é ela?

JOÃO  Eu sou João!

ALICE  (Menina) – É, já conheci a sua irmã.

– E quem é você?

CHAPEUZINHO VERMELHO    Eu sou Chapeuzinho Vermelho e ele esta vindo para me pegar, ele quer me engolir.

(Chapeuzinho grita e se esconde.)

E aquela bruxa é a madrasta da Branca de Neve. Mais vem coisa pior.

 Fujam ou ele vai achar vocês.

3º ATO

NARRADOR    Um uivo alto se ouviu e do livro um horrível lobo saiu. Rosnava e os dentes mostrava e a menina de chapéu vermelho, ele procurava.

LOBO MAU – Onde ela está? Onde está aquela menina? Eu vou devorar a Chapeuzinho vermelho.

-  Já, tô cheio de  procurar aquela menina chata!

- Aquela que sempre repete: - Que olhos grandes você tem. - Será que ela não percebe que é lente.

-  Além disso ela é gulosa, come todos os doces da cesta e põe a culpa em mim.

- Não engorda de ruim. Mas hoje eu vou me vingar eu pego ela.

(O Lobo uiva bem alto e começa a procurar Chapeuzinho.)

ALICE  (Menina) – O que podemos fazer para salvá-la?

 

JOÃO    Você é meio bobinha, não sabe a historia da gente! Para o mundo encantado nos mandar, a historia você tem que contar

ALICE  (Menina) – Não,  não sei de onde vocês vieram.

JOÃO – É só ler a história, então

ALICE  (Menina) – Ler eu não gosto não.

JOÃO   Então, apenda a rezar, porque o lobo vai nos pegar.

ALICE  (Menina) – Não,  não sei de onde vocês vieram.

NARRADOR -  Diante de tal argumento, a menina não teve saída, ou lia ou perdia a vida.

Pegou o livro correndo, mas não estava entendendo, porque lia e nada acontecia.

Para dentro do livro ninguém entrava, e o lobo a assustava.

Olhou a confusão formada, pensou no que as princesas procuravam e começou.

Abriu o livro em uma historia e leu com toda emoção.

 

ALICE  (Menina) – Era uma vez, um rei e uma rainha queriam ter uma filha, um dia a rainha espetou o dedo em uma agulha e desejou ter uma menina com lábios vermelhos como o sangue, cabelos pretos como ébano e pele branca como a neve.

NARRADOR -  Ao ouvir a história Branca de Neve se despede com um aceno e um sorriso.

BRANCA DE NEVE  -  Obrigado!

NARRADOR -  Alice lê o começo de cada história e os personagens, um a um voltam para o seus contos de fadas.

ALICE  (Menina) Era uma vez no tempo dos reis e rainhas, uma linda menina que se chamava Cinderela.

NARRADOR -  Assim, Cinderela também se despede com um aceno.

CINDERELA    Até mais.

ALICE  (Menina)  -  Era uma vez um rei e uma rainha muito tristes, porque não tinham filhos. Até que um dia nasceu uma linda princesinha que eles chamaram de Aurora.

BELA ADORMECIDA – Adeus!

ALICE  (Menina) – Rapunzel cresceu e se tornou a mais linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio da floresta. A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar mais alto. Quando a velha bruxa desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava:

- Rapunzel, Rapunzel !  Joga suas tranças.

RAPUNZEL -  Obrigada! Adeus!

NARRADOR -  O perigo não havia passado, porque o lobo ainda procurava Chapeuzinho.

JOÃO -  Leia logo a história dela.

ALICE  (Menina) – Era uma vez... uma menina que morava com sua mãe numa casinha, perto de um bosque. Chapeuzinho Vermelho era seu nome, porque sempre usava uma chapéu vermelho.

NARRADOR – Chapeuzinho vermelho acenando foi saindo e o horrível lobo a Chapeuzinho foi seguindo.

RAPUNZEL -  Obrigada! Adeus!

JOÃO -  Agora é a minha história.

NARRADOR –  João se despediu de Alice e Junto com sua irmã voltaram para casa.

MARIA –  João!

 

JOÃO -   Maria!

(A Menina se senta no chão e volta ler as histórias.)

 

NARRADOR - Mas a menina encantada, queria saber como as historias de seus amigos acabavam e continuou a ler, ficando ali pelo chão com o seu querido livro na mão.

A mãe entra no quarto, mas saiu sem fazer um ruído para a menina a leitura não perturbar.

 

Fim.

 

PERSONAGENS:

NARRADOR - 

ALICE ( MENINA) –

MÃE –

MARIA –

CINDERELA –

BELA ADORMECIDA –

BRANCA DE NEVE –

RAPUNZEL –

CHAPEUZINHO VERMELHO –

JOÃO –

LOBO MAU –

BRUXA _

domingo, 28 de julho de 2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cecília Meireles - Frases (2)


Cecília Meireles - Frases (1)

POEMA "MOTIVO" - CECÍLIA MEIRELES

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

sábado, 15 de junho de 2013

SARAU LITERÁRIO


Qual é a origem da palavra "sarau"?
          Segundo o dicionário, sarau é uma “festa nocturna, dentro de casa, onde se dança, executa música e recita”. Há quem pense que se trata de um galicismo moderno derivado do francês soirée (reunião nocturna), mas não é esse o caso. Embora ambas as palavras tenham raiz no latim serotinus (tardio, pela tarde), a origem reside no galego serao (anoitecer) e     no catalão sarau, baile nocturno popular de que já havia registro em 1537.

       O sarau é uma atividade que propicia ao aluno interagir com a dança, a música obras poéticas e textos literários, fazendo com que surja o interesse pela leitura e pela arte de maneira prazerosa. O aluno se envolve e na apresentação podemos envolver a família desses alunos.

Abaixo sugestões de links sobre o assunto:
 Atividade do mês de março = sarau de poesias




sexta-feira, 14 de junho de 2013

POESIA - "VIAJAR PELA LEITURA"


Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!



Clarice Pacheco
 
 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

TV Puc - A Arte de Contar Histórias


O CONTADOR DE HISTÓRIAS...

O mundo da leitura é mágico, mas essa magia se torna mais forte e presente quando a história é contada por um contador de histórias. Ah!  Como é belo, como é lúdico, vira um sonho, o coração acelera, apertamos as mãos e a emoção flui.

A história que vou contar faz parte da minha infância e ao lembrar me transporto no tempo e volto as férias no sítio dos meus avós, as noites de chuva onde não conseguia dormir.

Noites em que meu avô levanta para nos fazer um cafezinho fresquinho, e enquanto esperávamos olhávamos para a chama que queimava no fogão a lenha.

Meu avô tirava de sua gaveta um de seus livros de cordel e começava a magia. Lia histórias de princesas, homens encantados por maldições, cangaceiros...

Meu avô foi o meu primeiro contador de histórias...

 


 
 

Situação de aprendizagem – utilizando o texto: “Meu primeiro beijo”


 

Situação de aprendizagem – utilizando o texto: “Meu primeiro beijo”

 
Diadema, 17/05/13

MELHOR GESTÃO – MELHOR ENSINO

Grupo: João Ailton, Marina Azevedo, Maria Ap. Marinho, Gina O. Andrade.

Texto "O primeiro beijo“

Público-alvo: 7ª séries / 8º ano.

Objetivo: Desenvolver a habilidade de ler e interpretar textos da tipologia relatar e gênero crônica, inferindo seus traços característicos em situações específicas de comunicação.

Conteúdo e tema: Estudo do gênero textual crônica, elementos da narrativa, estudo dos aspectos linguísticos e comparação com a tipologia relatar.

Competência e habilidades: Ler, interpretar o sentido do texto, analisar, reconhecer elemento da narrativa, distinguir o gênero relato do gênero crônica, reconhecer as características da tipologia relatar, localizar informações implícitas e explicitas no texto, realizar análise linguística. 

Estratégia: Leitura do texto e da bibliografia do autor, fazendo um resgate dos valores sociais e culturais da época que o texto foi escrito e um comparativo com a época atual, roda de conversa, levantamento de hipótese, interpretação do texto, análise dos elementos da narrativa, análise dos aspectos linguísticos, trabalhar a intertextualidade, uso de recursos audiovisuais.

Recursos: Texto “Meu primeiro beijo” de Antonio Barreto, livro didático, filme, internet, apostila do professor e outros textos.

Avaliação: Avaliação feita ao longo das aulas, discussão oral sobre o filme, localização dos os elementos narrativos feitos pelo grupo oralmente, interpretação do texto através de perguntas escritas, produção de uma Crônica: “Um momento inesquecível”, produção de um relato (gênero diário), posterior comparação entre os gêneros.

 

Roteiro para aplicação da situação de aprendizagem

 

1ª etapa:

       Organização de uma roda de leitura.

       Leitura do texto e apresentação do autor através de sua bibliografia.

2ª etapa

       O professor levantara questões que leve o aluno a pensar.

Qual o tema do texto?

Qual o público-alvo?

Como é hoje a situação do primeiro beijo?

       Levantamento com a sala dos elementos da narrativa.

Personagem

Enredo

Tempo

Espaço

Foco narrativo

3ª etapa

       Levar os alunos para ver o filme “Meu primeiro amor”

4ª etapa

       Interpretação do texto através de questões dissertativas

  1. Quantos anos você acha que tem a personagem principal?
  2. Qual a experiência vivida pela personagem?
  3. O foco narrativo está na primeira pessoa. Porque você acha que o autor escolheu este foco?
  4. Por que o menino tem o apelido de “Cultura Inútil”? Justifique.
  5. Retire do texto trechos que mostram que o tempo está passando? No que isso influência na situação vivida pelos personagens?
  6. Como o filme: “Meu primeiro amor” se relaciona com o texto lido?
  7. Ao ler o texto “Meu primeiro beijo” e assistir ao filme “Meu primeiro amor”, você pode afirmar que o assunto abordado é tratado da mesma maneira hoje? Explique sua opinião.
  8. O que o final do texto indica?
  9. Por que podemos afirmar que o texto “Meu primeiro beijo” é uma crônica, mas também é um relato?
  10. Atualmente como você acha que o adolescente lida com a experiência do primeiro beijo?

5ª etapa

 

       Avaliação:

Produção de uma Crônica: “Um momento inesquecível”, produção de um relato (gênero diário), posterior comparação entre os gêneros.

 

OBS: Essa situação de aprendizagem é uma adaptação da situação apresentada no encontro do dia 27/05/13 presencial.  Grupo: João Ailton, Marina Azevedo, Maria Ap. Marinho, Gina O. Andrade.

 

Biografia de Monteiro Lobato







José Bento de MONTEIRO LOBATO – Romancista, contista e jornalista brasileiro, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, São Paulo, e faleceu em 4 de julho de 1948, no mesmo Estado.

Após estudar nos colégios Coração de Jesus e Dr. Quirino, de Taubaté, transferiu-se para São Paulo, concluindo os preparatórios do Instituto Ciências e Letras. Matriculou-se em seguida na Faculdade de Direito local, onde se bacharelou. Exerceu o cargo de Promotor Público, em Areias. De volta a São Paulo, fundou a empresa editora Monteiro Lobato & Cia, fracassando neste empreendimento. Limitou-se então a escrever peças de literatura infantil à firma sucessora de sua empresa e para a imprensa, que lhe deve uma colaboração substanciosa e riquíssima.

Como Adido Comercial, partiu em 1927 para os Estados Unidos da América do Norte, em busca da prosperidade industrial do petróleo e do ferro.

Em 1932 retornou ao Brasil iniciando uma campanha rumorosa, apontando a exploração conscienciosa desses produtos, com o único caminho capaz de levar os brasileiros a uma era de maior bem estar. Devido a isso, foi preso temporariamente. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras, recusou a honraria. Entretanto, era titular da cadeira n° 39 da Academia Paulista de Letras, na vaga de Pedro de Toledo, tendo como patrono Gabriel Rodrigues dos Santos. A fim de dirigir os trabalhos de tradução e publicação das suas obras, foi para a Argentina, em 1945, apresentar seus trabalhos a uma editora daquele país.

Dentre suas publicações estão: Urepês, Cidades Mortas, Negrinha, O Macaco que se fez Homem, Problema Vital, Mundo da Lua, América, O Choque, Na Antevéspera, Mr. Slang e o Brasil, Memórias de Emília, Emília no País da Gramática, além de inúmeras traduções.

Foi o criador da literatura infantil no país e a sua produção, nesse gênero, é vultosa e importante.

Monteiro Lobato é um dos escritores brasileiros mais lidos e populares. Suas obras têm sido traduzidas para quase todas as línguas e continua inspirando sentimentos nacionalistas e, principalmente, a defesa do petróleo e minérios radioativos.


Mais: Resumo, Obras e Vida de Monteiro Lobato

José Bento Renato Monteiro Lobato, nasceu no ano de 1882, e faleceu em 1948. Nascido em São Paulo, é um dos escritores mais populares do Brasil.

Tornou-se autor de uma extensa produção na área da literatura infantil, que inclui clássicos do gênero, como O Marquês de Rabicó (1922), Reinações de Narizinho (1931), Memórias de Emília (1936), Histórias de Tia Nastácia (1937) e O Sítio do Pica-pau Amarelo (1939). Sua obra voltada para os adultos inclui diversas histórias escritas num estilo leve e gracioso e são povoadas por tipos humanos interessantes.

Sua característica principal são o regionalismo e o conteúdo crítico. Aliando a crítica de costumes à criação de personagens como o caboclo Jeca-tatu, o escritor descreve a decadência econômica e social do vale do Paraíba paulista do início do século.
O Sítio do Pica-pau Amarelo foi transformado na década de 1970 em uma série infantil de TV, de muito sucesso até hoje.